segunda-feira, 13 de outubro de 2008

memoirs of a gaysha (?)





Ray Of Light me faz respeitar Madonna, não gosto dela, nada contra, muito pouco a favor, mas essa música específicamente deveria fazer parte de toda soundtrack de academia, meio de festa, piquenique, sábado à tarde, domingo de manhã, é um UP inexplicável, os sintetizadorezinhos, o agudinho dela quase no fim, tudo... hahaha, tô muito do bem hoje! aloka!

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Any(a)way, preciso urgentemente elevar meus níveis de serotonina sabe... tipo, beijar um passante desconhecido - aquelas coisas que se deve fazer antes dos 30 - que não frequente o mesmo tipo de lugar que eu, não use roupas parecidas com as minhas, que seja evidentemente distante do meu eixo, entende, um passante que esteja no topo da pirâmide dos passantes, um zé-ninguém mesmo.

Perdi essa chance hoje no metrô, um japa linds, começamos a conversar em english/portuguese, ele esperando a irmã e eu um amigo, ambos atrasados, rolou uma identificação na hora sabe...
poderia ter sido uma experiência e tanto, mas minha coragem ainda não tá rasgando dinheiro, portanto, fiquei paradinho no meu canto.

Às vezes, acho que preciso passar por uma situação de vida ou morte pra entender que só tô por aqui, como muitos dizem "de passagem", daí sim passarei a ter coragem pra tudo, agarrar meu amor platônico, chegar chegando merrrmo, perder o medo dos possíveis não's, levantar batina de freiras no meio da rua, essas coisas simples e complicadíssimas sabe como...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Horror movies.



Todo mês de setembro por aqui é a mesma coisa.
Chega o Festival de cinema e surgem os cinééééfilos inveteraaaados, de todos os tipos e formatos, novos Hitchcocks, velhos Lynchs, o tiozinho que decide se masturbar no meio da sessão, o tiozinho que dorme e ronca no meio da sessão, pseudo- Rubens Edwald's que escolhem justamente você como ouvinte para suas clichècríticas à respeito do filme...


Ele: " - Almodòvar é sempre surpreendente com suas tintas fortes, seus cenários, seu texto... não é mesmo? "

Você: " - É (.)(!)(?)(o_O) "
(um "é" sem pontuação gráfica, misto de desinteresse, whatahell? e desconforto)


... tem também os náufragos, sem a mínima noción do que estão fazendo ali naquele evento/lugar/hall/sala/poltrona, sempre comportados e assustadérrimos. E as beeshinhas culturais! Essas merecem até um...
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Parágrafo repentino!

As bees cult são espécies imunes à extinção, pois encontram-se num constante processo de multiplicação. Proliferam-se preferencialmente em banheiros de museus ou nas salas destinadas à reprodução das películas cinematográficas [ só compreendem a parte impressa em negrito.]
Têm como habitat natural o eixo Centro--Sul da cidade, mas de uns tempos pra cá vêm fixando território em novas zonas, aliás, vejo que tudo por aqui tá se "tornando" gay friendly - isso é bom e as bee agradecem - porémtodaviaentretanto, para tudo há limites, o "to bee" está à um passo de virar trend, e de trend pra pão-com-ovo é um pulinho, isso é MUITO perigoso, cês não tão entendendo...

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'n way - voltando ao assunto inicial - não sei se sou eu que tô ficando mais chato com critérios, ou se a qualidade das produções de cinema anda caída mesmo, porque há dois anos atrás eu achava toda essa parafernália, essa aflição, esse evento, uma coisa bonita quasequase glamourosa, mas agora, sei não viu, tá tudo tão sem sal.
Todo mundo muito aflito, todo mundo muito afobado, todo mundo muito fila, todo mundo correndo de um lado pra outro atrás dos filmes, sim, os filmes agora fazem jogging junto com os espectadores, chegam atrasados, páram na metade da exibição, SOMEM da tela, além dos que avisam que vêm e na hora faltam, onde já se viu! fico bobë!

O fato é: Rio Não é Cannes, Rio não é Viena, e tá bem distante de Gramado.

E pegar senha pra enfrentar filas quilométricas fere minha dignidade.
não há mais glamour, se se teve algum dia.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

pages turning.

Ai, sabe de uma coisa, ter blog é um saco.

Passo o dia todo querendo escrever o bando de coisas que passam pela cabeça durante o tempo "off-line" [ leia-se: vida], e quando sento aqui, super disposto a me entregar pra web, nada vem.
Basicamente assim, é como se esse retângulo branco e suas opções de formatação sugassem meu cérebro, deletando todo meu lirismo, sarcasmo e interesse.

mas, à partir desse post, decido que vou me disciplinar a vir aqui e me expôr todos-os-dias.
tá, é mentira, mas farei o possível.

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Ultimamente, tenho conhecido bastante gente interessante, e isso tem me afastado de outras que conheço há séculos, isso pra mim não tem peso algum, não confio em ninguém, excetuando mamãe e Jerry [ meu cachorro], e acho quase todo mundo muito descartável, consigo contar nos dedos das mãos as pessoas nas quais eu realmente deposito alguma amizade pura, n way, não é sobre isso que quero falar [ aliás, preciso muito parar com essa mania de auto-desvirtuar linhas de raciocínio, às vezes até eu me confundo].

O que eu ía dizendo era sobre essa novidade, esse monte de gente que "surge do nada", é engraçado e bastante assustador pra mim, ver que pessoas que conheço há menos de 1 ano [ 6 meses até!] sabem mais sobre mim do que, seilá, minha irmã, que convive comigo desde que nasci, e ver essas mesmas pessoas me contando coisas chocantes sobre suas vidas, sem saber sequer meu nome completo.
estranho, mas não acho recriminável, é até tocante às vezes.

uma música que mostra exatamente isso, essa banalização da confiança, é " Drunken Butterfly" , do Sonic Youth, na parte em que diz:

" where love dies couldn't find a soul
tell it like it is deep down inside drunken butterfly
I love you I love you I love you what's your name? "

hahaha.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Nobody really understands anybody


É um reinício socio-sentimental em b-side, natural pra mim, visto que sempre soube que era apenas questão de tempo para que tal mudança acontecesse, aliás, sinto ter escolhido a hora exata, tive timing, sorte e inteligência quanto a isso.


O que eu não esperava era me descobrir tão vulnerável para "As questões do amor romântico", ao ponto de me sentir incrívelmente doce, inúmeras vezes.

e, não se engane, "ser doce" é uma grande besteira, uma armadilha disfarçada de ursinho de pelúcia. preste atenção, a questão é estatística até, com 5 minutos de mini-flashback pessoal você percebe que a quantidade de "pessoas dócilmente frustradas" é visívelmente superior à de " pessoas ácidamente diretas".

Porémtodaviaentretanto, meu bigger bad trouble é mais complicado.
a docilidade é involuntária na maior parte das vezes, não tenho facilidade em deixar evidente a diferença entre minha boa educação e meu interesse, digamos... físico, sabe como?
e nessa confusão de ações os riscos só aumentam quando, sem querer [querendo], envolvo outra pessoa na história, disposta a mergulhar na minha onda, sem saber que eu não sou exatamente a onda, e na verdade, o banco de areia.
tento dizer isso, mas não sai... e sádicamente covarde, deixo que continuem nadando.